Greve geral dos trabalhadores do transporte alternativo, o “amarelinho”, paralisa serviços em Manaus
Na manhã desta segunda-feira (18), os trabalhadores do transporte alternativo de Manaus, conhecidos como “Amarelinho”, decretaram greve geral, interrompendo as operações de dezenas de micro-ônibus que atendem diversas áreas da cidade. Desde as primeiras horas do dia, motoristas e cobradores da categoria se concentraram em um trecho da Avenida do Turismo e também nas proximidades do Museu do Seringal (Musa), bloqueando o tráfego e dificultando a mobilidade urbana na região.
A paralisação pegou de surpresa muitos passageiros, principalmente na zona leste da capital, onde o transporte alternativo é o modal predominante. As paradas de ônibus estão lotadas, e muitos moradores enfrentam longas esperas por alternativas de transporte. A falta de avisos prévios sobre a greve tem gerado confusão e transtornos para aqueles que dependem do “Amarelinho” para se deslocar ao trabalho, escola e outros compromissos.
De acordo com os trabalhadores, a principal razão para a greve é o não pagamento da gratuidade da passagem estudantil, que estaria em atraso. A categoria exige que o benefício seja regularizado, pois, segundo eles, o não repasse financeiro tem causado prejuízos para os profissionais que operam no transporte alternativo, além de impactar diretamente os estudantes que dependem do transporte para se deslocar até suas instituições de ensino.
A paralisação, por enquanto, não tem previsão de término, e os trabalhadores afirmam que continuarão mobilizados até que suas reivindicações sejam atendidas. A medida tem gerado uma pressão sobre o sistema de transporte público de Manaus, que já enfrenta dificuldades em atender a demanda da população.
Enquanto isso, a Secretaria Municipal de Transportes (SMT) e as autoridades locais ainda não se manifestaram oficialmente sobre a situação. Os passageiros que dependem do “Amarelinho” para suas rotinas diárias seguem em busca de alternativas, como os ônibus convencionais ou até mesmo os aplicativos de transporte, que também estão com uma demanda crescente.
A situação continua tensa, e a expectativa é de que novas reuniões entre os representantes dos trabalhadores e as autoridades locais possam ocorrer ao longo do dia para tentar resolver o impasse.