Manaus tem o menor rendimento domiciliar per capita entre capitais brasileiras, aponta IBGE
Manaus registrou o menor rendimento domiciliar per capita entre todas as capitais do Brasil e o Distrito Federal, segundo a Síntese de Indicadores Sociais (SIS) 2025, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) com base em dados de 2024. O valor médio na capital amazonense foi de R$ 1.502, o mais baixo do país.
A média nacional entre as capitais é de R$ 2.590,04, enquanto Florianópolis aparece no topo do ranking com R$ 4.673,75, mais que o triplo do rendimento observado em Manaus. Até mesmo cidades que tradicionalmente enfrentam desafios socioeconômicos, como Salvador, registraram rendimento superior, alcançando R$ 2.635.
Rendimento do trabalho também caiu em 2024
O estudo revela que Manaus teve o segundo menor rendimento do trabalho principal no país em 2024, no valor de R$ 2.684. O indicador representa uma queda em relação a 2023, quando o rendimento médio era de R$ 2.904. Apenas Salvador aparece abaixo, com valor ainda menor. Em contraste, Vitória e Florianópolis registraram os melhores resultados, com R$ 5.933 e R$ 5.716, respectivamente.
Mercado de trabalho: ocupação e informalidade
De acordo com o levantamento, a capital amazonense contava com cerca de 1 milhão de pessoas ocupadas em 2024, o que representa 55,2% da população em idade de trabalhar. Desse total, 536 mil estavam inseridas no mercado formal.
A taxa de desocupação no Amazonas ficou em 10,3%, o equivalente a 116 mil pessoas em busca de emprego. O rendimento médio considerando todos os tipos de trabalho, formais e informais, também apresentou queda: passou de R$ 2.953 em 2023 para R$ 2.720 em 2024.
Desigualdade ainda é desafio
Segundo o IBGE, o rendimento domiciliar per capita é um dos principais indicadores para medir desigualdade social. No caso de Manaus, os dados mostram que a capital ainda enfrenta grandes desafios na geração de renda e no fortalecimento do mercado de trabalho, apesar de concentrar um importante polo industrial no país.
O relatório completo da SIS 2025 destaca que regiões Norte e Nordeste permanecem com os menores rendimentos, reforçando a necessidade de políticas públicas voltadas à redução das desigualdades regionais.
