CidadeDestaques

Justiça determina júri popular para acusados de matar jovem jordaniano no Vieiralves

A 1ª Vara do Tribunal do Júri de Manaus decidiu, na última terça-feira (9), que Bruno da Silva Gomes e Robson Silva Nava Júnior serão julgados por um júri popular. Eles são acusados pelo homicídio qualificado de Mohamad Manasrah e pela tentativa de homicídio de seu irmão, Ismail Manasrah. O crime ocorreu em 8 de fevereiro de 2025, na frente de uma casa noturna no conjunto Vieiralves, na zona centro-sul da capital.

Em sua decisão, o juiz Fábio César Olintho de Souza afirmou que há convergência de provas que solidificam a possível autoria dos dois acusados. O magistrado destacou que a sentença de pronúncia não equivale a uma condenação, mas reconhece indícios suficientes de autoria e materialidade delitiva que justificam a submissão ao júri popular, único competente para analisar o mérito do caso. Os réus foram denunciados pelo Ministério Público do Estado do Amazonas (MPAM) por homicídio qualificado por motivo fútil e mediante traição.

O juiz manteve a prisão preventiva de Bruno da Silva Gomes, que está preso desde março, citando a gravidade do delito e o risco à ordem pública. Robson Silva Nava Júnior foi declarado revelia por não comparecer aos depoimentos e também permanecerá custodiado.

Conforme a denúncia, o crime aconteceu após uma discussão dentro da casa noturna. Na área externa, os acusados teriam armado uma emboscada. Robson abordou as vítimas de forma aparentemente pacífica, enquanto Bruno se escondeu entre carros. Bruno desferiu os primeiros golpes com um gargalo de garrafa contra Mohamad, com Robson o atacando pelas costas e auxiliando na execução.

Os defensores dos acusados podem recorrer da decisão. A data para o julgamento perante o júri popular só será marcada após o esgotamento de todos os possíveis recursos.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *