Polícia

Amazonas Prende Quase 300 Agressores em Mês de Operação Nacional de Proteção à Mulher

As Forças de Segurança do Amazonas apresentaram, nesta segunda-feira, 8 de setembro, o balanço da Operação Shamar. A ação, realizada ao longo de agosto, resultou em 297 prisões de investigados por crimes de violência contra a mulher na capital e no interior do estado. Os dados foram divulgados durante coletiva no Centro Integrado de Comando e Controle (CICC), localizado na avenida André Araújo, zona sul de Manaus.

Coordenada nacionalmente pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, a operação teve como objetivo fortalecer medidas ostensivas, repressivas e preventivas no combate a esse tipo de crime. No Amazonas, a ação mobilizou 29 órgãos estaduais sob a liderança situacional da Polícia Civil.

De acordo com o tenente-coronel Alisson Botelho, da Secretaria Executiva Adjunta de Planejamento e Gestão Integrada de Segurança (Seagi) da SSP-AM, a Shamar foi deflagrada em todos os estados e contou com a participação de órgãos de assistência social, saúde, educação, Ministério Público, Tribunal de Justiça, Defensoria e a Procuradoria da Mulher da Assembleia Legislativa. As atividades presenciais atingiram 41 municípios amazonenses.

A operação foi estruturada em três eixos principais, incluindo capacitação por meio do Centro de Mídias da Secretaria de Estado de Educação (Seduc), que permitiu alcançar digitalmente todos os 61 municípios do estado.

Conforme a delegada Patrícia Leão, da DECCM Centro-Sul, o resultado da operação foi considerado bastante exitoso. Foram executadas 297 prisões de homens que cometeram agressões contra mulheres, sendo 112 na capital e 185 no interior. Além das prisões, a capital registrou 741 pedidos de medida protetiva apenas nas três delegacias especializadas.

A delegada também destacou a instauração de mais de mil Inquéritos Policiais (IPs) no período e o lançamento da Delegacia Virtual da Mulher (DVM). A nova ferramenta, que já registrou 56 solicitações de medidas protetivas, foi criada para facilitar o acesso de vítimas isoladas ou com dificuldade de se deslocar até uma unidade policial.

Além das ações repressivas, a operação promoveu um extenso trabalho preventivo e educativo. Conforme a delegada Priscila Orberg, foram realizadas 87 ações de panfletagem e 404 palestras educativas sobre a Lei Maria da Penha e a violência doméstica. Essas atividades atingiram um público de mais de 52 mil pessoas em todo o estado.

A subcomandante da Ronda Maria da Penha da PMAM, capitã Viviane Farias, informou que a Polícia Militar atuou em todos os 62 municípios. O principal foco da Ronda é a fiscalização de medidas protetivas. Durante a operação, foram realizadas três mil atividades de monitoramento a mulheres em dez municípios. A corporação também capacitou policiais militares para atuar como primeiros interventores e fiscalizadores dessas medidas.

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