Ministério da Saúde destina R$ 51 milhões para 37 municípios do Amazonas afetados por queimadas e estiagem
Nesta segunda-feira (11), o Ministério da Saúde anunciou a liberação de R$ 51 milhões para ajudar 37 municípios do Amazonas a enfrentar os efeitos das queimadas, da seca prolongada e das mudanças climáticas que têm afetado gravemente a região. A medida também inclui repasses destinados às secretarias estaduais do Amazonas e do Acre, em uma tentativa de mitigar os impactos na saúde pública e nas condições de vida da população.
A verba foi disponibilizada após a aprovação de um crédito extraordinário de mais de R$ 930 milhões, sancionado em outubro, com o objetivo de apoiar diversos ministérios no combate às consequências ambientais das queimadas em todo o país. A decisão de destinar parte desse valor especificamente aos municípios amazonenses foi publicada no Diário Oficial da União, reforçando a urgência da situação vivida na região Norte.
A crise ambiental que assola o Amazonas é uma das mais graves dos últimos anos. Atualmente, 62 municípios estão em estado de emergência devido aos incêndios florestais e à estiagem intensa. Segundo dados da Defesa Civil, até o último domingo (10), foram registrados 291 focos de incêndio, quase o dobro do número registrado no mesmo período do ano passado. De junho a novembro deste ano, o Corpo de Bombeiros já combateu mais de 22 mil focos de fogo em diferentes regiões do estado.
As queimadas e a seca têm trazido sérias consequências para a qualidade do ar, colocando em risco a saúde da população, especialmente de grupos mais vulneráveis, como crianças e idosos. A exposição prolongada à fumaça e à poeira aumenta os casos de problemas respiratórios e cardiovasculares, demandando ações urgentes das autoridades de saúde e ambientais.
O repasse anunciado pelo Ministério da Saúde representa uma resposta direta aos apelos dos governantes locais, que vêm alertando para o impacto devastador da crise ambiental e climática na região. Segundo especialistas, além de intensificar o combate aos incêndios, é essencial implementar medidas que promovam o manejo sustentável das florestas e alternativas para as populações que vivem nas áreas mais afetadas, buscando minimizar os danos a longo prazo e proteger a biodiversidade local.
A liberação desses recursos representa um passo importante, mas, conforme destacam autoridades e ambientalistas, será necessário um esforço conjunto e contínuo para evitar que crises como essa se tornem ainda mais frequentes, em meio às mudanças climáticas que desafiam o futuro da Amazônia e da saúde pública.