Desembargadora manda soltar delegado preso por desacato, mas ele se recusava a sair da prisão
A presidente do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM), Nélia Caminha Jorge, mandou soltar, na tarde de terça-feira (13) o delegado de Polícia Civil Regis Cornélius Celeghini, que estava preso preventivamente desde a tarde de quinta-feira (8),por determinação do juiz da Comarca de Carauari, Jânio Tutomu Takeda.
O juiz Takeda em mandado de prisão atribuiu ao delegado os crimes de desacato, injúria, denunciação caluniosa, desobediência a ordem judicial, abolição violenta do estado democrático de direito, e obstrução ao livre exercício da atividade judiciaria.
A defesa do delegado em sua representações alegou que “a prisão era totalmente arbitrária e ilegal, realizada de forma parcial, vez que a vítima, em tese, é a própria autoridade coatora”.
O delegado encontrava-se preso na Delegacia Geral e se recusou a abrir a porta do local onde estava, para que a oficial de Justiça Ivelise Andrade desse cumprimento a liminar que o colocava em liberdade.
A oficial de Justiça, diante da recusa de abrir o cárcere, foi obrigada a pedir autorização da direção da DG para arrombar a porta do local onde Cornélius estava. Mesmo depois do arrombamento o delegado se negava a deixar o xadrez.
“O delegado Regis Cornelius Celeghini Silveira se recusava a abrir o local onde estava. Depois de muita conversa, o mesmo continuava se recursado e foi pedida a autorização para arrombar a porta, o que foi feito. Ele continuava a não querer deixar a delegacia. Depois de muita conversa, ele aceitou a deixar a cela, só assim foi feito conforme despacho’, escreveu a oficial em certidão positiva.
Na sexta-feira (9), o desembargador plantonista José Hamilton Saraiva dos Santos indeferiu o pedido de Habeas Corpus em favor do delegado.