Polícia

Caso Djidja: Familiares afirmam que foram impedidos pela mãe e irmão de oferecer ajuda

Familiares denunciaram que há cerca de um ano, Djidja se tornou usuária de cetamina. Eles afirmam que, apesar das tentativas de intervenção e ajuda, Ademar e Cleusimar a impediram de receber tratamento. Segundo os parentes, os três viviam o drama da dependência química, e nos últimos meses, devido ao uso constante da droga, Djidja ficou debilitada ao ponto de não conseguir mais sair da cama.

“Ela ficou muito dependente. Então ela não vivia mais sem. Ela estava usando fralda, não conseguia mais se levantar, as pernas inchadas. A Djidja não queria que as pessoas vissem ela daquele jeito. Ela já estava com vergonha da aparência dela, mas para eles [mãe e irmão] era normal”, relatou uma prima, que preferiu não se identificar.

A Polícia Civil do Amazonas investiga a morte de Djidja, com a principal suspeita de que ela sofreu uma overdose de cetamina, um anestésico de uso veterinário. O resultado da necropsia, que está sendo realizado pelo Instituto Médico Legal (IML), deve sair em até 30 dias.

Dias antes de Djidja ser encontrada morta, uma outra prima registrou um Boletim de Ocorrência (BO) contra a mãe e o irmão da jovem por sequestro e cárcere privado, no dia 24 de maio. Segundo o registro, Djidja estava sempre sob efeito da droga e não podia receber visitas ou sair de casa. O documento afirma que Cleusimar era responsável por levar a droga para dentro de casa e permitir que a família fizesse uso.

“Ela ficou muito dependente. Então ela não vivia mais sem. Várias vezes a gente tentou fazer alguma coisa, nós fizemos BOs. Porém, a mãe e os funcionários proibiram nossa entrada. A gente não podia fazer nada”, afirmou a prima, demonstrando a frustração da família diante da situação.

Ademar e Cleusimar Cardoso estão sendo investigados por integrarem um grupo religioso que utilizava cetamina em seus rituais. A polícia segue com as investigações para determinar as circunstâncias da morte de Djidja e a extensão do envolvimento do grupo religioso no caso.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *