Maduro Bloqueia Sites de Notícias na Venezuela às Vésperas das Eleições
Em um movimento controverso, o presidente venezuelano Nicolás Maduro ordenou o bloqueio de diversos sites de notícias independentes, apenas dias antes das eleições presidenciais marcadas para o próximo domingo, 28 de julho.
De acordo com a organização VE Sin Filtro, dedicada ao monitoramento de censura na internet, as restrições começaram na segunda-feira, 22 de julho, afetando mais de 60 portais, incluindo Tal Cual, El Estímulo, Runrunes, Analítica e Mediaanálisis. Além disso, sites especializados em checagem de notícias falsas, como Espaja.com, Cazadores de Fake News e Observatorio Venezolano de Fake News, também foram bloqueados.
A ordem de bloqueio partiu da Comissão Nacional de Telecomunicações (Conatel) e foi implementada pelas principais operadoras de internet do país, tanto estatais quanto privadas. O Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Imprensa (SNTP) confirmou as informações, destacando a gravidade da situação para a liberdade de imprensa e o acesso à informação.
Reações e Preocupações
Organizações não governamentais e sindicatos da imprensa denunciaram as restrições, alertando para o impacto negativo na transparência e na participação democrática durante o processo eleitoral. Volker Turk, chefe de direitos humanos da ONU, expressou preocupação com o aumento dos bloqueios de sites no país, incentivando as autoridades venezuelanas a suspenderem as restrições e garantirem um processo eleitoral transparente e inclusivo.
Contexto Político
Este bloqueio ocorre em um momento crítico, com as eleições presidenciais se aproximando e o principal adversário de Maduro, o diplomata Edmundo González, liderando as intenções de voto. A medida é vista como uma tentativa de controlar a narrativa e limitar o acesso a informações independentes, aumentando as tensões políticas no país.