Estudo revela proteínas-chaves que impulsionam eficácia da imunoterapia contra câncer no sangue
Pesquisadores do Centro de Terapia Celular da Universidade de São Paulo (CTC-USP), em Ribeirão Preto, identificaram proteínas que podem influenciar diretamente na eficácia das células CAR-T, tecnologia utilizada no tratamento de cânceres hematológicos, como leucemia e linfoma. A pesquisa foi publicada no Journal of Proteome Research.
As células CAR-T são linfócitos T modificados em laboratório para combater células tumorais. Apesar de promissoras, cerca de 50% dos pacientes não respondem bem a essa imunoterapia. Diante disso, o objetivo do estudo foi entender quais proteínas estão associadas ao sucesso do tratamento.
Com base em uma análise abrangente de bancos de dados como PubMed e Scopus, os cientistas identificaram 14 proteínas divididas em quatro grupos funcionais: citocinas, receptores, quinases e proteínas mensageiras, como o TNF-α. Essas moléculas ajudam a mapear como as células CAR-T interagem com o tumor e com o ambiente ao redor, podendo abrir caminhos para terapias mais eficazes e personalizadas.
A pesquisa faz parte de uma estratégia mais ampla para aprimorar as versões da terapia celular CAR-T, que já está aprovada no Brasil para uso clínico contra alguns tipos de câncer.
