Fenômeno Astronômico Raro: Nova Recorrente na Constelação de Corona Borealis
Por Matheus Guimarães.
A comunidade científica e entusiastas da astronomia estão ansiosos para presenciar um evento cósmico único: uma nova recorrente na constelação de Corona Borealis, também conhecida como Coroa do Norte. Este fenômeno extraordinário está previsto para ocorrer entre os meses atuais até setembro, proporcionando uma oportunidade única de observação.
A nova recorrente está localizada em um sistema estelar chamado T Coronae Borealis, situado a impressionantes 3 mil anos-luz da Terra. Esse sistema é conhecido por sua natureza cíclica, onde explosões estelares ocorrem aproximadamente a cada 80 anos.
A primeira observação documentada desse fenômeno ocorreu em 1866, pelo astrônomo irlandês John Birmingham. Normalmente, o T CrB apresenta uma magnitude aparente de +10, uma medida utilizada pelos astrônomos para calcular o brilho de um corpo celeste visto da Terra. No entanto, os cientistas acreditam que durante esta ocorrência, sua magnitude aparente possa atingir +2, tornando-a tão brilhante quanto a estrela Polaris.
Durante o período de brilho máximo, a nova recorrente será visível a olho nu por alguns dias, antes de gradualmente escurecer. Esse fenômeno é resultado da interação entre duas estrelas que compõem o sistema T Coronae Borealis: uma gigante vermelha, em estágio avançado de sua evolução, e uma anã branca, com seu combustível nuclear esgotado.
A proximidade entre essas estrelas permite que matéria estelar flua entre elas. Conforme a gigante vermelha se torna instável, sua temperatura e pressão aumentam, resultando na ejeção de material de sua superfície. Esse material é então absorvido pela anã branca, que eventualmente atinge uma temperatura tão alta em sua atmosfera que desencadeia uma reação termonuclear em larga escala, resultando na explosão da nova.
Para os interessados em testemunhar esse espetáculo celeste, a constelação de Corona Borealis pode ser encontrada próxima à constelação de Boötes (Boieiro) e à estrela Arcturus, que é especialmente brilhante e alaranjada. A constelação de Corona Borealis se assemelha a um arco no céu.
Recomenda-se o uso de aplicativos de astronomia, como o Stellarium e o Star Walk 2, para auxiliar na localização precisa do fenômeno e para uma experiência de observação mais enriquecedora.
Créditos: NASA/Conceptual image Lab/Goddard Space Flight Center
Que demais essa área de astronomia no Atualiza Caboco!!
Parabéns aos envolvidos.
Matéria muito instrutiva e interessante! 👏👏👏
Muito boa essa matéria! Quantas coisas a aprender sobre esse universo!