Trabalho infantil recua 14,6% em um ano, segundo dados do IBGE
Em 2023, o Brasil registrou 1,607 milhão de crianças e adolescentes de 5 a 13 anos em situação de trabalho infantil, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) divulgada pelo IBGE. Esse número representa uma redução de 14,6% em relação a 2022, sendo o menor registrado desde o início da série histórica em 2016.
O trabalho infantil é definido como atividades perigosas que comprometem a saúde e o desenvolvimento das crianças, e é proibido até os 13 anos no Brasil. A pesquisa mostrou que 346 mil crianças de 5 a 13 anos e 366 mil adolescentes de 14 e 15 anos estão em situação de trabalho, enquanto 895 mil têm entre 16 e 17 anos.
A região Norte lidera em porcentagem de trabalho infantil (6,9%), com o Nordeste apresentando o maior número absoluto de casos (506 mil). O estudo também destaca que 586 mil jovens exercem atividades perigosas, evidenciando uma queda de 22,5% em relação a 2022.
Fatores como o aumento da renda domiciliar e políticas públicas direcionadas ao combate do trabalho infantil contribuíram para essa melhora. No entanto, o trabalho infantil ainda impacta a frequência escolar, especialmente entre adolescentes, onde a taxa de frequência diminui conforme a idade aumenta.
Além disso, o trabalho infantil afeta desigualmente meninos e meninas, e a renda média dos envolvidos é inferior àqueles que não estão nessa situação, evidenciando disparidades sociais persistentes.
Foto: Valter Campanato
*com informações da Agência Brasil