Seca do Rio Negro Impacta Manaus e Afasta Embarcações da Orla
A cidade de Manaus, às margens do Rio Negro, enfrenta em 2024 uma das maiores secas de sua história, com impactos devastadores para a população local e a navegação. As embarcações, que tradicionalmente circulam pela orla da cidade, estão sendo afastadas devido ao nível extremamente baixo das águas, o que altera a rotina de transporte e comércio fluvial, essenciais para a região.
Segundo o Serviço Geológico do Brasil (CPRM), o Rio Negro registrou em setembro níveis preocupantes, atingindo cerca de 16 metros, configurando uma das piores secas da última década. Esse cenário já afeta diretamente a economia local e a mobilidade dos moradores, uma vez que a navegação é um dos principais meios de transporte para muitas comunidades ribeirinhas.
Além disso, a seca agrava problemas de abastecimento de água em várias áreas de Manaus, especialmente em bairros periféricos, que dependem do nível do rio para o funcionamento de seus sistemas de captação. A população tem relatado dificuldades para acessar água potável, com caminhões-pipa sendo necessários em algumas localidades.
O impacto também se faz sentir no turismo, um setor importante para a economia de Manaus. A paisagem da cidade está drasticamente alterada, com grandes bancos de areia e áreas antes cobertas pelas águas do Rio Negro agora expostas. Muitos turistas, que costumam visitar a região para passeios de barco e explorar a rica biodiversidade, encontram dificuldades em acessar essas atividades.
As imagens da seca mostram um cenário desolador: embarcações encalhadas, margens expostas e uma redução drástica no volume de água. Esse fenômeno é associado a uma série de fatores, incluindo o ciclo natural de variação dos níveis do rio e as mudanças climáticas, que têm intensificado eventos extremos como secas prolongadas e inundações mais severas.
Especialistas apontam que essa situação poderá se repetir nos próximos anos, com a previsão de padrões climáticos ainda mais intensos, colocando em risco não apenas a economia local, mas também a qualidade de vida dos milhares de habitantes que dependem do rio para suas necessidades diárias.
A população e as autoridades enfrentam o desafio de encontrar soluções imediatas e de longo prazo para mitigar os efeitos dessa crise hídrica, enquanto os níveis do Rio Negro continuam a cair.
Imagem: Atualiza Caboco