Brasil enfrenta surto de dengue com mais de 1 milhão de casos prováveis e 214 mortes confirmadas
O Brasil enfrenta um significativo aumento nos casos de dengue em 2024, com 1.017.278 casos prováveis registrados desde o início do ano, de acordo com dados do Painel de Monitoramento das Arboviroses divulgados pelo Ministério da Saúde nesta quinta-feira (29). Além disso, 214 mortes confirmadas foram causadas pela doença, enquanto outros 687 óbitos ainda estão sob investigação.
O coeficiente de incidência nacional da dengue é alarmante, atingindo 501 casos para cada grupo de 100 mil habitantes. Entre os casos prováveis, 55,4% afetam mulheres e 44,6% homens. A faixa etária mais afetada situa-se entre 30 a 39 anos, seguida pelos grupos de 40 a 49 anos e de 50 a 59 anos.
Minas Gerais lidera em número absoluto de casos prováveis, totalizando 352.036 registros. Contudo, ao considerar o coeficiente de incidência, o Distrito Federal assume a liderança com 3.612,7 casos por 100 mil habitantes.
A ministra da Saúde, Nísia Trindade, alertou que o Brasil pode registrar o dobro de casos de dengue em 2024, comparado a 2023, que contou com 1.658.816 casos. Em resposta a essa preocupação, o Ministério da Saúde, em colaboração com estados e municípios, planeja realizar no próximo sábado (2) o “Dia D de Combate à Dengue”. Sob o tema “Brasil Unido Contra a Dengue”, a iniciativa busca orientar a população sobre medidas para prevenir a disseminação da doença.
Os principais sintomas da dengue incluem febre alta de início repentino, dor atrás dos olhos, mal-estar, prostração e dores no corpo. A transmissão ocorre principalmente pela picada de fêmeas de Aedes aegypti infectadas.
Seis estados (Acre, Goiás, Minas Gerais, Espírito Santo, Santa Catarina e Rio de Janeiro) e o Distrito Federal, além de 154 municípios, já decretaram situação de emergência devido à gravidade da situação. A mobilização nacional visa conter a propagação da dengue e garantir medidas efetivas de combate à epidemia.