Lula defende regulação dos jogos de azar no Brasil
Durante um encontro em Nova York, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva abordou a necessidade de regular os jogos de azar no Brasil, destacando os riscos que as apostas online representam para as famílias, especialmente para as mais pobres. Segundo Lula, sem uma regulamentação, a situação pode se agravar a ponto de “termos cassinos funcionando dentro da cozinha de cada casa”.
Em sua fala, o presidente enfatizou que, embora o Brasil historicamente tenha sido contra os cassinos, a realidade atual mostra que, através de dispositivos móveis, o jogo se tornou acessível em todos os lares. “Estamos percebendo no Brasil o endividamento das pessoas mais pobres tentando ganhar dinheiro fazendo apostas”, disse.
Além da questão dos jogos, Lula também mencionou uma proposta de lei que pretende proibir o uso de celulares em salas de aula de escolas públicas e privadas, uma iniciativa que será apresentada ao Congresso Nacional em outubro. O presidente reconheceu que a discussão sobre essa proposta será desafiadora, brincando sobre possíveis protestos de crianças: “Talvez eu seja o presidente que vai ter passeata de menino de 6 anos de idade”. Ele garantiu, porém, que a discussão será transparente e envolverá especialistas.
Lula também fez críticas ao empresário Elon Musk, sugerindo a necessidade de uma regulação global que impeça que indivíduos desafiem as normas constitucionais de diferentes países.
O encontro, que teve como foco a defesa da democracia e o combate aos extremismos, contou com a presença de líderes de esquerda, mas não incluiu chefes de Estado conservadores. Lula informou que, ao invés de um documento formal, será divulgada uma nota assinada por ele e pelo primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez, resumindo as discussões do evento.