STF mantém prisão de Marcelo Câmara, ex-assessor de Bolsonaro
O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu nesta quinta-feira (19) manter a prisão preventiva do coronel reformado do Exército e ex-assessor de Jair Bolsonaro, Marcelo Costa Câmara, após audiência de custódia conduzida pelo ministro Alexandre de Moraes.
A decisão se baseou no entendimento de que Câmara descumpriu medidas cautelares, como a proibição de uso de redes sociais, diretamente ou por terceiros, e a restrição de contato com outros investigados, conforme impôs o tribunal.
Segundo Moraes, o ex-assessor teria utilizado um perfil no Instagram da esposa para manter contato indireto com Mauro Cid, ex-auxiliar de Bolsonaro, com o objetivo de acessar informações sigilosas sobre o acordo de delação premiada, o que configura possível obstrução de investigação.
A prisão havia sido determinada na quarta-feira (18), por ordens de Moraes, no âmbito do inquérito que apura uma suposta tentativa de golpe de Estado em 2022, Marcelo Câmara é réu nesse processo.
A defesa de Câmara informou ao STF que pretende apresentar agravo buscando a revogação da prisão preventiva. Moraes também autorizou a abertura de um inquérito autônomo para investigar tanto o coronel quanto seu advogado, Eduardo Kuntz, por obstrução de justiça, com prazo de 15 dias para depoimentos à Polícia Federal.